Ter assistente virtual já virou praxe de muitas marcas. Afinal, quanto mais próximo estivermos como marca perto do consumidor, muito melhor é.
Foi nesta pegada que a marca Dailus seguiu tendência e lançou uma assistente virtual para atender os consumidores no site assim como SAC da empresa.
A avatar Dai, como ficou conhecida, começou a atuar no dia de 8 de abril.
O intuito é que a personagem promova aproximação e identificação do público com a marca. A escolha vem dando muito certo, logo que o visual da assistente pôde ser votado pelos internautas na conta do Instagram da Dailus. Ou seja, Dai foi escolhida como representante!
Assistente Virtual versus Sucesso nas Redes Sociais
Por consequência de uma votação aberta e muito bem planejada, a estratégia deu certo.
Com a Dai, a empresa Dailus rompe com a padronização dos corpos ao apresentar uma assistente virtual plus size, com cabelo cor de rosa e muitas tatuagens.
A marca, que é representada em abundância por ser extrovertida e atender o padrão de todas as mulheres, buscou a representatividade de características que não costumam ser vistas na mídia e nem mesmo em outras atendentes virtuais.
Temos um exemplo bem claro de uma famosa assistente virtual por ai, a Lu, do Magazine Luiza. Ela é magra, cabelo aos ombros e muito bem planejada.
A Lu do Magalu foi um grande marco para todas as marcas que possuem uma aproximação fiel na internet com seus clientes.
Dai da Dailus, como ela é?
A Dai é uma jovem de 22 anos, nail artist, produtora de conteúdo nata, e que tem o sonho de ser influencer.
Muito tagarela e profissional, Dai é a louca da astrologia e expert em comprinhas on-line. É encantadora na forma de se comunicar, debochada na medida certa, sensível e empática. Traz carisma e empolgação em sua fala, o seu lado criativo sempre fala mais alto.
Quantas Dai’s existem por aí e não foram representadas até agora? Eu, sou uma Dai. E você?
Desenvolvimento da assistente virtual
O projeto 3D da Dai foi idealizado pelo Caraminholas Estúdio, que já criou outros personagens virtuais.
A missão é impactar as pessoas de forma positiva e transformadora, e ter contato direto com os clientes através dessa iniciativa.
Boom de Criação – De onde saiu tantas assistentes virtuais?
Diante da pandemia da COVID19, parece que tudo ficou ainda mais difícil no quesito comunicação.
A inovação teve de vir fortemente para que as marcas pudessem fazer diferente e desta forma, chegar mais próximo de um público que não estava em um bom momento.
Empresas como Magazine Luiza, com a Lu, a Natura, com a Nat e o Bradesco, com a Bia, apostaram nas atendentes para oferecer um atendimento personalizado, rápido e que se aproxima, de forma quase emocional, dos consumidores.
As personagens, na sua grande maioria representam figuras femininas e tendem a interagir não somente no e-commerce, mas também aparecem nas redes sociais e principalmente, em propagandas da marca.
Esse vínculo uma relação muito mais produtiva com os consumidores assíduos da marca, é um tiro de canhão que atinge uma marca sempre histórica.
A personificação das empresas por meio das assistentes tem como principal objetivo se distanciar da imagem “fria” que os estabelecimentos costumam ter para o público.
Aproximar, engajar, tornar-se suficiente. As assistentes virtuais aparecem como amigas!
Bia, do Bradesco
Quem acompanha as redes sociais e a TV, pôde ver que nos últimos dias uma nova campanha do Bradesco, com estreia no intervalo do Jornal Nacional, repercutiu muito.
A Bia, é a assistente virtual do Banco Bradesco, e dessa vez ela veio para falar uma coisa muita série: assédio.
A Bia se juntou com outras assistentes virtuais para trazer esta pauta imensamente importante, que afeta milhares de mulheres diariamente no Brasil e no mundo.
Bia veio para representar e a campanha fornece gatilhos para que mulher não se calem diante do machismo.
O Bradesco mostrou pela primeira vez uma mudança nas respostas da inteligência artificial de seu aplicativo a perguntas machistas ou de assédio sexual.
A mudança é parte de um esforço que outras marcas têm feito: o de não só pregar o fim da violência contra as mulheres, mas também de orientar os clientes e o público sobre o assédio a “personagens virtuais”, uma extensão do machismo contra as mulheres da vida real.
Afinal, quem tem sã consciência a assediar uma assistente virtual, pode muito bem fazer isso no dia a dia.
De acordo com o Bradesco, a Bia (sigla para Bradesco Inteligência Artificial) foram contabilizadas 95 mil mensagens de ofensa e assédio sexual em 2020.
O comercial retrata duas (“Bia, sua imbecil” e “Bia, eu quero uma foto sua de agora”), mas há outras ainda piores.
Antes da Bia, a Lu, assistente virtual do Magazine Luiza, já havia sido programada para dar respostas mais contundentes ao assédio, em 2018.
Anteriormente, diante de uma pergunta ou comentário ofensivo, Bia dizia que não entendia. Ou seja, passava batido.
Contudo, agora, será mais incisiva, afirmando, por exemplo, que a frase não é adequada para uma inteligência artificial ou para uma pessoa.
Cada vez mais podemos ver como nós mulheres ainda somos vítimas de machismo estrutural e de hipersexualização da nossa imagem no mundo real.
Sempre precisamos estar atentas e nunca devemos nos manter caladas. A Internet está aí, para colocar a *boca no trombone*.
Bia, Lu… Elas não se diferem de Maria, Jaqueline, Lúcia. Nós estamos neste momento sendo representadas, para dizer aos homens que: chega de assédio.
O machismo estrutural faz com que atitudes como estas sejam tomadas, em decorrência da violência que vem acontecendo com tantas mulheres.
Nós, como produtores de conteúdos temos orgulho em podermos repassar esse tipo de informação.
Como mulher, sentir-se representada por ser gorda, com tatuagens ou por ter sofrido assédio é fundamental. Isso dá a voz necessária que cada mulher precisa dentro de si.
E além de tudo isso, ressaltar e elogiar estas marcas é essencial. Por mais que estratégias sejam traçados em entorno disto, tudo que vem, é para melhorar.
Obrigado marcas, por dar voz a mulheres que precisam de fala!
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