Tatiany Melecchi, fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, revela que existirão novos empregos e profissionais dentro desse universo digital
A popularização do Metaverso segue em constante crescimento, chamando a atenção de empresas e investidores. Trata-se de uma nova camada da realidade, integrando os mundos real e digital em um ambiente imersivo que pode ser utilizado com diversas tecnologias, como as de realidade virtual.
Nesse universo as pessoas podem interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio de seus avatares. O principal objetivo é que elas não sejam apenas observadores, mas participem desse mundo.
De acordo com Tatiany Melecchi, CLO da consultoria Transforma People & Performance, o futuro do mercado de trabalho no Metaverso é mais eficiente, ordenado e econômico para funcionários e empregadores. “O Metaverso tem o potencial de mudar vidas, fomentando novos empregos e aprimorando empregos existentes para pessoas em todo o mundo. Na medida em que pensamos no futuro do trabalho na era pós-pandemia, o Metaverso aos poucos se torna parte da nossa realidade”, relata.
Dados levantados pelo site de empregos Indeed, entre novembro de 2020 e novembro de 2021, revelam que os anúncios de emprego que mencionam o termo “Metaverso” aumentaram em 1.042% durante o período, destacando o crescimento do mercado de trabalho nesse universo.
Além disso, um relatório do Fórum Econômico Mundial afirma que 85 milhões de empregos podem ser eliminados nos próximos anos. Mas esse número provavelmente será superado pelos estimados 97 milhões de novas funções criadas pela tecnologia emergente. “Esses trabalhos seriam em grande parte em áreas como marketing digital, desenvolvimento de negócios e análise de dados, que tendem a exigir habilidades de pensamento criativo e crítico”, pontua a consultora empresarial.
Para a CLO da Transforma People & Performance, o Metaverso levanta uma série de questões que podem não ser abordadas pelas leis trabalhistas existentes. “É importante discutir e esclarecer questões jurisdicionais, os riscos para informações confidenciais e sua segurança, além da própria situação de emprego e tempo de trabalho dentro desse universo digital”, declara.
A qualidade da conexão e do setup utilizado também é algo que deve ser levado em consideração por aqueles que vão estar imersos e trabalhando dentro do Metaverso. “O Metaverso dependerá fortemente de conectividade de internet de alta velocidade, exibição gráfica de qualidade, sensores e atuadores para capturar o movimento dos usuários, além do alto custo dos hardwares, sensores e gadgets de VR & AR. A Internet, particularmente, é motivo de preocupação em determinadas áreas e regiões, já que as estatísticas mostram que pouco mais de 40% do mundo nunca sequer abriu um navegador”, revela Tatiany Melecchi.
De acordo com a especialista em marketing, embora existam obstáculos e desafios que devam ser superados para a implementação dessa realidade, o surgimento de locais de trabalho habilitados para o Metaverso parece inevitável. “Não é uma questão de saber se isso vai acontecer, mas sim quanto tempo vai demorar. Meu palpite é que muitos de nós iremos trabalhar em escritórios imersivos muito mais cedo do que havíamos previsto. Portanto, será necessário que os empregadores abracem e invistam nesses avanços mais cedo ou mais tarde. Aqueles que não estiverem dispostos a correrem o risco, poderão ficar para trás”, finaliza.
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